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Dossiê completo sobre maconha: entenda as consequências do uso

Compreender os principais aspectos relacionados ao uso da maconha é essencial para saber como direcionar ações preventivas que possam amenizar os impactos da dependência química relacionada a esse tipo de droga.

Em termos globais, os prejuízos resultantes do uso de maconha sugere a necessidade de pensar estratégias mais adequadas, e que representem formas de controle mais efetivos sobre o vício em entorpecentes.

Nessa perspectiva, compilamos importantes informações neste Dossiê. Veja como a droga funciona, os males a ela associados e as estatísticas mais recentes. Confira também como encontrar as melhores soluções para um problema que figura na lista dos mais preocupantes da nossa sociedade. Acompanhe!

Panorama do uso de maconha no Brasil e no mundo

Conforme divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Relatório Mundial sobre Drogas 2018, a maconha foi a droga mais consumida em 2016. No entanto, novos dados e muito mais precisos revelam que o consumo dessa substância está em alta em diversos países.

Além disso, as consequências nocivas para a saúde resultante do abuso de drogas são bem mais graves e generalizadas. A pesquisa realizada pelo UNODC, teve como base as informações do Relatório Mundial sobre Drogas, divulgado em junho de 2018.

Segundo as últimas informações constantes nesse documento, 35 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais associados ao uso de drogas, mas apenas 1 em cada 7 recebe tratamento. 

Os dados são referentes ao estudo realizado em 2017. Acompanhe os pontos principais da pesquisa e entenda porque essas informações colocam a Saúde Pública e as autoridades civis em alerta quanto aos riscos que o uso de drogas representa. Confira!

  • a droga mais usada continua sendo a maconha: 188 milhões de pessoas afirmaram ter consumido essa substância em 2017;
  • a faixa etária indica uso precoce: cerca de 3,8% da população mundial entre 15 e 64 anos estão entre os consumidores usuais;
  • aumento do número de usuários: nos últimos anos, o total de consumidores anuais de cannabis está 30% maior; 
  • maior consumo nas Américas: aumento de 7% entre pessoas de 15 a 64 anos, o que representa 42 milhões de novos usuários de maconha;
  • mais óbitos: subiu para 76% o índice de mortes associadas à dependência química.

Com essas informações, o relatório deixa claro que ainda há muitas lacunas que merecem atenção por parte das autoridades civis e sanitárias. As estatísticas demonstram que as medidas de prevenção e o tratamento continuam insuficientes na maioria dos países.

No Brasil, essa realidade não é muito diferente, pois uma pesquisa coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou dados alarmantes. Os números indicam o envolvimento cada vez mais precoce com o consumo de maconha: 7,7% dos brasileiros com idade entre 12 e 65 anos afirmaram já ter experimentado maconha ao menos uma vez na vida.

Logo, a busca pelo tratamento contra a dependência química é uma forma segura de reduzir os impactos da droga e promover a reabilitação mental e física. Ao contrário do que se pensa, a maconha não é uma droga fraca, e nem menos perigosa que as demais.

Os efeitos dessa substância sobre a mente e o corpo podem causar danos irreversíveis e levar à morte. Ainda que o uso de drogas seja mais perigoso na juventude, em qualquer etapa da vida há o risco de dependência e da evolução para o consumo de outros entorpecentes ainda mais viciantes.

Composição da maconha e as formas de consumo

Conceitualmente, maconha é o nome atribuído à planta do gênero Cannabis. Porém, há três espécies diferentes dessa planta: a mais popular é a sativa, mas a indica e ruderalis também são utilizadas tanto para recreação como para função terapêutica.

O principal componente da maconha é o THC, quimicamente chamado de tetra-hidrocarbinol. Essa substância tem efeito psicoativo, ou seja, é a responsável pela sensação de leveza e de relaxamentos resultantes do consumo da droga.

Ainda que a maconha tenha outros elementos alucinógenos em sua composição, o THC é considerado o mais potente. Por isso, todos os efeitos da maconha estão associados à ação do THC. Além dos sintomas físicos, esse elemento modifica as atividades cerebrais e gera bastante prejuízo às funções cognitivas.

Quanto às formas de consumo, há diferentes modos de utilizar a maconha. Para que ela tenha efeito alucinógeno, a droga precisa ser aquecida. Por isso, para finalidade terapêutica, a droga é utilizada em seu estado natural. Logo, dessa maneira, ela não vicia o paciente e nem provoca alucinações.

Veja, então, quais são as formas do uso recreativo da maconha:

  • erva ou marijuana: é extraída a partir das folhas secas, ou de flores e pequenos ramos da planta. O teor de THC varia de 5 a 10%;
  • haxixe: é prensado a partir da resina da planta fêmea. Tem  20% de THC, o que eleva a potencialidade alucinógena;
  • óleo de Cannabis sativa: é um líquido misturado com acetona, álcool ou gasolina. É bastante concentrado em THC (cerca de 85%).

O THC é uma substância que não se dissolve na água. Por isso, as formas utilizadas para consumo humano são a ingestão e a inalação. Geralmente, a maconha é consumida em cigarros misturados com tabaco, em cachimbos ou ingerida sob a forma de doces e outros alimentos.

Ação da maconha no cérebro

Compreender a ação das drogas no organismo é fundamental ao direcionamento das terapias que objetivam o controle de seus efeitos. À medida que a fumaça é aspirada, ela imediatamente absorvida pelos pulmões. Em poucos segundos, ela também atinge o cérebro.

Assim que os componentes da fumaça da maconha alcançam as regiões cerebrais, eles desestabilizam os mecanismos de transmissão de mensagens — o impulso nervoso — entre as células que formam o sistema nervoso central (conhecidas como neurônios).

No entanto, os neurônios não se comunicam livremente uns com os outros. Para que haja a troca de mensagens entre eles, é necessário a ação das sinapses. Essas sinapses ocorrem no espaço livre que existe entre os neurônios. Por meio desse mecanismo há a liberação e a captação de elementos chamados de mediadores químicos.

Em síntese, o cérebro funciona dessa forma: há uma constante troca de sinais que regulam a intensidade do estímulo nervoso responsável pela sensação de alegria, felicidade, relaxamento, dor, tristeza e angústia, por exemplo.

Entretanto, quaisquer formas de interrupção ou de desequilíbrio na ação desses mecanismos reguladores das sensações — principalmente das emoções — gera o comprometimento do trabalho do cérebro. Isso torna a maconha uma droga potencialmente perigosa, visto que alguns dos seus efeitos podem provocar lesões cerebrais irreversíveis.

O efeito das drogas psicoativas, como a maconha, interfere exatamente na liberação e na função desses mediadores químicos. Assim, eles modulam a quantidade de substância liberada, o que resulta em uma série de eventos que descontrolam as sensações.

Esse descontrole na química cerebral faz com que o efeito da maconha tenha essa característica de ambiguidade: pode causar alegria ou tristeza, depressão ou euforia, por exemplo. Como esses mecanismos modificam a maneira de enxergar o mundo, a droga pode provocar sintomas inesperados e concorrer para situações de risco, como as ideações suicidas.

Isso ocorre porque o THC, principal componente da maconha, causa um efeito perturbador do sistema nervoso central. Ele faz competição com os mediadores cerebrais, já que se “encaixa” nos receptores que funcionam como reguladores da percepção das sensações.

Na maconha também existe o canabidiol (CBD), substância amplamente empregada para finalidades terapêuticas. O CBD é um depressor do sistema nervoso central e tem ação analgésica, anticonvulsiva, ansiolítica e antiinflamatória.

Principais efeitos da maconha sobre a saúde

O efeito da maconha varia de acordo com a quantidade utilizada, a forma de consumo e com o nível de resistência do organismo do usuário. Em alguns indivíduos, os sinais do uso podem ser mais duradouros que o efeito em si.

Entretanto, independentemente da quantidade de maconha consumida, sempre haverá um dano potencial ao corpo e à mente. Os efeitos da maconha sobre o organismo podem ocorrer em curto, médio ou em longo prazo. Observe!

Efeitos imediatos

Em consumidores de maconha, os sintomas mais perceptíveis em curto prazo são delírios, alucinações, desequilíbrio postural e redução da percepção de tempo e espaço. Além desses, também pode ocorrer os seguintes sintomas:

  • sonolência;
  • taquicardia;
  • vermelhidão nos olhos;
  • sensação de boca seca;
  • queda da acuidade visual;
  • sensação de euforia e riso fácil;
  • perda de coordenação motora;
  • diminuição temporária de inteligência.

Efeitos em médio e em longo prazo

Em médio e em longo prazo, a ação da droga sobre o organismo pode gerar diversos efeitos. Confira os mais importantes!

Diminuição da atividade motora

Um dos sinais mais evidentes após o uso de maconha é sensação de desânimo e a diminuição da atividade motora. A droga causa um relaxamento que deixa a pessoa mais lenta e sem vontade de se movimentar. Mas isso não é regra: alguns indivíduos podem chegar ao estado de sonolência, ou ter reações opostas e ficar eufóricos, agitados e agressivos.

Crises de alucinação

A maconha é uma droga que pode gerar efeitos ambíguos: depende da dose utilizada, da forma como a pessoa metaboliza O THC e do ambiente. Porém, os efeitos podem ser intensificados e a pessoa se sentir mentalmente ameaçada durante as crises de alucinações.

É muito comum haver automutilação ou tentativa de suicídio durante as “viagens” que ocorrem sob efeito da droga. O indivíduo, quando dominado pelo vício, perde a capacidade de julgamento de valor e pode se tornar uma ameaça a si mesmo e aos outros. Isso ajuda a compreender a relação entre o risco de psicose e o uso de maconha.

Mudanças na frequência cardíaca

O aumento na frequência cardíaca pode ser percebido até mesmo no pulso de quem utiliza maconha pela primeira vez. O coração fica mais acelerado e a pulsação torna-se mais intensa. Normalmente, o usuário fica muito ansioso porque pode ocorrer dores torácicas que geram um desconforto momentâneo. Essas sensações geram muita ansiedade e podem levar a crises de pânico.

Aumento do apetite

Ainda que possa causar ações ambíguas, geralmente, o THC provoca a redução da atividade motora. Por conseguinte, essa substância também faz diminuir a temperatura corporal. Nessa condição, a hipotermia estimula o sistema digestório que, por sua vez, faz aumentar o apetite.

Variações de humor

Como os efeitos da cannabis podem variar bastante, ocorrem também diferentes alterações no humor do usuário. O THC pode provocar tanto sensações de felicidade e de relaxamento quanto gerar irritabilidade, ansiedade e angústia.

Normalmente, esses sinais dependem do perfil do usuário e do teor de THC na maconha. No entanto, quando existe histórico familiar de ansiedade ou de depressão, há maior possibilidade de a droga despertar emoções negativas.

Prejuízos ao aparelho respiratório

Na composição de um cigarro de maconha há muitos elementos que afetam diretamente a função dos alvéolos pulmonares, estruturas responsáveis pela troca de gases durante a respiração. O uso prolongado desta droga pode provocar um declínio da capacidade pulmonar e resultar em graves complicações.

Quando é inalada, parte da fumaça da maconha vai para o cérebro e outra para as vias respiratórias. Uma das consequências dessa fumaça é o endurecimento da parede dos alvéolos do pulmão.

Alterações na fisiologia cerebral

O consumo de maconha também é bastante prejudicial à memória de curto prazo, conhecida como memória de trabalho. O efeito entorpecente do THC altera a estrutura fisiológica das células cerebrais. Por conseguinte, ocorre a redução da capacidade funcional dos neurônios, além de diminuir o raciocínio e a concentração.

Diminuição da testosterona

Um dos efeitos da maconha — considerado até curioso no meio científico — é a diminuição do nível de testosterona produzido. A menor quantidade desse hormônio causa a redução do número de espermatozoides, o que pode tornar o usuário de maconha infértil.

Consequências e riscos do uso de maconha

O abuso de maconha está associado também aos surtos psicóticos. Além desse risco, listamos mais algumas consequências aos quais os usuários de maconha são mais vulneráveis. Veja quais são!

Problemas cardiovasculares

O efeito químico das substâncias presentes na maconha afetam a saúde dos vasos do coração. Veias e artérias, assim como os capilares que transportam o sangue têm o seu calibre mais endurecido devido à toxicidade da fumaça inalada durante o uso da maconha.

Além disso, as alucinações resultantes do uso frequente da droga provocam palpitações e taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos). Esse quadro acaba forçando a musculatura do coração, o que aumenta a probabilidade de infarto do miocárdio e o risco de morte por insuficiência cardíaca.

Alterações no pulmão

Os usuários de maconha são mais susceptíveis a doenças pulmonares e respiratórias. Uma das complicações mais comum é o comprometimento dos bronquíolos, estruturas responsáveis pela troca de gases durante a respiração.

Nessa condição, o dependente químico sente cansaço excessivo, falta de ar e fortes dores no peito. Normalmente, o usuário de maconha se torna desanimado e sem motivação para realizar suas tarefas diárias. Muitos se esquivam e evitam fazer atividades que antes eram prazerosas.

Redução da memória e concentração

Pessoas que consomem maconha em excesso apresentam muitas dificuldades cognitivas, principalmente em relação à concentração e memória. Tal condição afeta a vida estudantil, profissional e pessoal. Isso ocorre devido à morte precoce das redes de neurônios cerebrais afetados pela toxicidade dos componentes desse tipo de droga.

Relação com quadro de psicose e ansiedade

O uso de drogas têm uma relação de causa e efeito quanto à presença de doenças como a ansiedade. Muitos usuários recorrem às drogas para “aliviar” a ansiedades e, depois, sentem necessidade de consumi-la novamente para combater a ansiedade gerada quando passa o efeito da droga.

Nesse sentido, o abuso de entorpecentes, como a maconha, pode gerar quadros de ansiedade patológica ou levar ao desenvolvimento de doenças mais graves como a psicose, por exemplo.

Associação com esquizofrenia

Um estudo realizado pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, associou o consumo de maconha ao maior risco de iniciação de esquizofrenia. Segundo as estatísticas da pesquisa, a probabilidade de associação entre maconha e o desenvolvimento de esquizofrenia é de 50%.

Isso torna os impactos da maconha na esquizofrenia ainda mais perigosos em indivíduos que tenham propensão genética a esse tipo de transtorno mental. Se houver antecedentes familiares relacionados aos quadros de psicose ou de distúrbios similares, o efeito do THC pode potencializar os riscos para o surgimento da esquizofrenia.

Piora dos sintomas de depressão e suicídio

​Dados do instituto de Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), recentemente publicada pelo IBGE, o uso de drogas entre adolescentes na idade escolar aumentou quase 10% nos últimos anos. Principalmente entre os jovens, há uma forte correlação entre o vício em maconha, posterior interesse por outras drogas ainda mais perigosas, depressão e suicídio.

Um dos efeitos potenciais do consumo de maconha é a ligação com a depressão crônica. Como o vício é alimentado por questões multifatoriais, as crises depressivas costumam surgir com mais frequência. Devido à relação entre maconha e suicídio, essas  desordens emocionais não podem ser ignoradas.

A maconha e a dependência química

Ainda que do ponto de vista científico não se confirme com clareza se a maconha é uma droga que pode provocar dependência química, esse hábito de consumo traz muitos riscos à saúde mental, emocional e física do usuário.

Devido à ação ambígua do THC sobre o organismo, os efeitos da maconha podem trazer reações adversas e imprevisíveis. Como os sintomas variam conforme o estado de saúde do indivíduo, em algumas pessoas o risco para dependência da maconha é bem maior.

Mesmo que a dependência pareça ser meramente psicológica, os efeitos sobre as emoções alimentam o vício e expõem o indivíduo a situações de risco à integridade mental e física. Uma das evidências de que a maconha pode causar dependência é que em nosso país, o cultivo para fins não terapêuticos, a venda e o consumo da droga é considerado ilegal.

Outro fator que deve ser considerado é que a dependência da maconha pode se estabelecer pela necessidade de elevar a dose consumida para obter os mesmos efeitos. Entre os usuários dessa droga, isso é muito comum.

Além disso, o comportamento do consumidor na ausência da droga também merece atenção. Se ocorrem sintomas como irritabilidade, redução do apetite, perturbação do sono e agressividade, esses sinais indicam efeitos de abstinência. As crises de abstinência são eventos típicos de dependência química.

Internação e Tratamento

Querer se libertar do vício para não continuar refém das consequências das drogas é uma decisão muito importante, além de ser o primeiro passo para a restauração da saúde. Buscar apoio profissional em uma instituição experiente e especializada em saúde mental é essencial para superar a dependência química.

Para ajudá-lo a vencer esse desafio, o Hospital Santa Mônica disponibiliza diversas opções de tratamento. Além da modalidade ambulatorial, há dois tipos de internação. As modalidades de internação são indicadas conforme a necessidade ou o estado de saúde mental do indivíduo.

O hospital oferece a internação voluntária, que é indicada para o usuário que aceita esse tipo de ajuda. Para os casos mais graves, a melhor opção é a internação involuntária (ou compulsória), medida voltada para as pessoas que não aceitam a internação.

A internação involuntária também é indicada para as situações que se configuram como emergência psiquiátrica, como um surto psicótico resultante dos efeitos do uso da maconha, por exemplo. Nesses casos, essa opção pode ser utilizada a fim de proteger a integridade do dependente químico e das pessoas de seu convívio familiar ou social.

Com vimos, o uso da maconha no Brasil e no mundo está cada vez mais comum, principalmente entre a população mais jovem. Nessa perspectiva, não se pode ignorar os perigos que isso representa tanto para as famílias quanto para a coletividade.

Uma das maneiras mais seguras para evitar que o dependente químico agrave sua condição de saúde é buscar ajuda o quanto antes. Não se deve deixar para depois, visto que o vício em maconha pode abrir precedentes para o consumo de outras drogas mais fortes e igualmente perigosas.

Logo, para obter bons resultados no tratamento de dependência de maconha, o usuário deve ser encaminhado para uma instituição que seja referência nesse ramo. Nesse sentido, o Hospital Santa Mônica oferece todo apoio necessário à reabilitação da saúde integral do dependente químico a fim de que ele retorne logo ao convívio harmônico com a família e a sociedade.

Agora que já sabe os riscos do uso de maconha, não espere pelas consequências: entre em contato com o Hospital Santa Mônica, pois estamos prontos para ajudá-lo!

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