Inclusão

Pedimos Equiparação na Premiação dos Atletas Olímpicos e Paralímpicos

APELO ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), para que ajuste a premiação dos atletas paralímpicos, a fim de a igualar à dos atletas olímpicos.

O mundo vem acompanhando a transmissão e o noticiário a respeito dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos realizados na cidade de Tóquio, no Japão. Vemos pela televisão toda a preparação, sacrifícios, grandes esforços, vitórias e derrotas dos competidores. É emocionante observarmos o bom desempenho dos atletas, principalmente dos brasileiros, que tanto nos enche de orgulho.

Mas, infelizmente, ocorre uma grande desigualdade na premiação dos atletas olímpicos e paralímpicos. Enquanto que nas modalidades individuais, como a ginástica e o skate, por exemplo, os valores pagos pelo COB são R$ 250 mil para os medalhistas de ouro, R$ 150 mil para os de prata e R$ 100 mil para os de bronze, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou R$160 mil para ouro, R$ 64 mil para prata e R$ 32 mil para bronze.

Para os esportes coletivos, os valores são diferentes e devem ser divididos entre os atletas em partes iguais. Para equipes com até seis atletas, o COB paga R$ 500 mil para ouro, R$ 300 mil para prata e R$ 200 mil para bronze. Enquanto que o CPB, nas modalidades coletivas, premia com R$ 80 mil por atleta para ouro, R$ 32 mil por atleta para prata e R$16 mil por atleta para bronze.

Em 2001, uma lei definiu que até 2% de tudo o que for arrecadado com as loterias federais devem ir para o Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro.

O COB recebe também patrocínios e repasses do COI (Comitê Olímpico Internacional), outra fonte essencial de receita. Então, dessa forma, deveria premiar igualitariamente os atletas de ambas as entidades.

Para corrigir essa disparidade, o Brasil deveria ajustar a premiação em dinheiro dos atletas paralímpicos igualando-a à dos atletas olímpicos; a exemplo do que definiu o Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC), o qual, pela primeira vez na história, premiará atletas paralímpicos com o mesmo prêmio em dinheiro por medalha que os atletas olímpicos.

Essa medida ocorreu logo após os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018: o comitê pagou retroativamente aos atletas paralímpicos de 2018 os novos valores mais elevados. Mas os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2021, em Tóquio, marcam a primeira vez que eles serão pagos igualmente desde o início.

Na França, isso já era realidade desde 2008, pois os atletas paralímpicos franceses recebem o mesmo valor que os vencedores olímpicos.
Assim, pelo exposto,
Apresentamos à Mesa, na forma regimental, sob apreciação do Plenário, esta Moção de Apelo ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) para que ajuste a premiação dos atletas paralímpicos para se igualar a dos atletas olímpicos, dando-se ciência desta deliberação:
1. ao Presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) – Sr. Paulo Wanderley Teixeira;
2. ao Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) – Sr. Mizael Conrado;
3. ao Presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CMDPCD) – Sr. Filipe Azevedo de Lima;
4. à Secretária Nacional da Pessoa com Deficiência do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – Sra. Priscilla Gaspar;
5. ao Assessor de Políticas para Pessoas com Deficiência – Sr. Marco Antonio dos Santos; e
6. ao Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania – Sr. Marcelo Reis Magalhães.

 

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