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Artigo – História Sagrada do Povo de Deus

 

O estudo da história proporciona um conhecimento do passado, e molda o agir no presente, sabendo que existem valores morais absolutos e inquestionáveis, que são passados através das gerações. O homem só é capaz de amar aquilo que conhece, portanto, conhecer o passado, junto às lutas enfrentadas e as glórias alcançadas permanecendo fiéis a Deus, só nos é possível porque teve alguém que registrou parte dos acontecimentos. Tomamos por verdade a existência de um Deus Supremo que tudo criou e também se relaciona com Seus filhos, por isso, CONHECER para poder AMAR e SERVIR A DEUS é o que norteia nossos estudos.

No estudo da história, várias abordagens são utilizadas como linhas interpretativas e orientativas, e as mais utilizadas são: o Marxismo, que enfatiza a luta de classes; o Positivismo, que transforma a história em ciência documental; o Relativismo histórico, que relativiza os fatos colocando em dúvida os acontecimentos; e por fim o PROVIDENCIALISMO, que resgata a tradição greco romana e considera todas as coisas como sendo providência divina. Essa é a abordagem mais indicada na formação Católica.

Eusébio de Cesareia (265-339 d.C), bispo da igreja,  é considerado o primeiro historiador cristão e fundador da historiografia providencialista cristã, um gênero que entende a História como sendo determinada e controlada pela ação divina. Ele foi panegirista do imperador Constantino I (272-337 d.C.) e participante do Concílio de Niceia (325 d.C), contribuindo de modo direto com o texto oficializado como “credo niceno”, um credo oficial e único para todas as comunidades cristãs locais e com caráter universal, que professava: “Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Ε em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai; Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai; por quem foram feitas todas as coisas que estão no céu ou na terra. O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez homem. Padeceu e ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus. Ele virá para julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo. E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia, ou que antes que fosse gerado ele não existia, ou que ele foi criado daquilo que não existia, ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai), ou que ele é uma criatura, ou sujeito à mudança ou transformação, todos os que falem assim, são anatematizados pela Igreja Católica.”

Os escritos de Eusébio influenciaram muito a historiografia medieval (476-1453 d.C.), que é toda providencialista, sem negar o livre arbítrio do homem. Também Santo Agostinho (354-430 d.C), nascido um pouco depois de sua morte, foi influenciado por ele e dizia ser “Deus o criador do tempo e do espaço; a verdade é Deus; tudo é graça de Deus. Se o homem escolhe fazer o bem é por graça de Deus, ou seja, nada pode sozinho.” Enfim, Eusébio é considerado o pai da história da igreja, pois tentou apresentar a história desde os Atos dos Apóstolos até seu próprio tempo, numa visão providencialista.

Após repensar nossa cultura ocidental, tradição, valores, …voltemos os olhares aos nossos antepassados e, com ar de gratidão, façamos uma singela oração em ação de graças ao povo sagrado, que mesmo em meio aos perigos lançados até contra a própria vida, não deixou de testemunhar esse Deus maravilhoso, para que assim as gerações futuras pudessem adorá-Lo e serví-Lo como filhos. Agradeçamos a Deus a graça de sermos chamados SEU POVO, depois à Santa Igreja Católica Apostólica Romana, que à luz do Espírito Santo, discerniu quais livros fariam parte da Sagrada Escritura, sem os quais não teríamos a chance de conhecer nossa história.

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